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22/11/2011 |
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Diga não contra à violência |
DIA INTERNACIONAL DE COMBATE À VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER |
No dia 25 de novembro se celebra o "Dia Internacional de Combate à Violência contra a Mulher". Essa data foi instituída durante o Primeiro Encontro Feminista Latino Americano e do Caribe, em 1981, e foi escolhida por marcar o brutal assassinato das irmãs Mirabal, durante o massacre ordenado pelo ditador Tujillo, da República Dominicana, em 25 de Novembro de 1961. Essa data, adotada oficialmente pela ONU, em 1999, tem por objetivo alertar para que medidas sejam adotadas no sentido de combater à violência contra a mulher, que causa danos irreversíveis, discrimina e mata.
Essa data nos remete a milhares de mulheres que são violentadas em todo o mundo. No Brasil uma mulher é espancada a cada quinze segundos. Uma em cada cinco brasileiras declara espontaneamente já ter sofrido algum tipo de violência por parte de um homem. Pelo menos 33% das mulheres já foram violentadas. Dois milhões de mulheres são espancadas por ano no Brasil. Esses dados não podem ser encarados naturalmente, têm que causar indignação em todos e cada um tem que fazer a sua parte para combater essa vergonha nacional.
A Lei Maria da Penha foi um grande avanço. A violência contra a mulher passou a ser criminalizada. Aproximadamente onze milhões de homens foram para a cadeia, nos últimos cinco anos, por agredirem mulheres.
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O disque denúncia recebeu, também, nesse espaço de tempo, quase dois milhões de ligações denunciando agressões. Tiveram avanços no que se refere à estrutura de atendimento à mulher com as delegacias especializadas, casas de apoio e programas foram instituídos. Porém, ainda falta muito para que a Lei Maria da Penha seja colocada em prática na sua totalidade.
O Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência contra a Mulher também trouxe contribuições para o combate à violência. Em cumprimento às metas estabelecidas no desenvolvimento de ações integradas para a promoção de uma vida melhor para as mulheres, foi registrado avanço na rede de atendimento à mulher em situação de violência, foi empreendido um amplo programa de capacitação e foram implementados muitos projetos setoriais na área da saúde, da educação e da assistência. Mas para que se tenham resultados reais para modificar o quadro que temos hoje em relação à violência contra a mulher é necessário muito mais.
Se quisermos realmente construir uma cultura da paz que respeite os direitos humanos de todas as pessoas, temos que priorizar a educação e as políticas públicas de promoção da família, porque essa construção começa em casa.
É preciso punir os agressores, pois sabemos que a violência contra a mulher é pouco visível e que o silêncio é cúmplice da violência e pai da impunidade, mas temos que evitar que a violência aconteça. Um problema que envolve relações afetivas, projetos de vida, dor, vergonha e humilhação tem que ser tratado por meio da adoção de medidas que venham promover mudanças efetivas de comportamentos para superar as desigualdades entre homens e mulheres na nossa sociedade.
Que no dia 25 de novembro, no Dia Internacional de Combate à Violência Contra as Mulheres, possamos todos contribuir para que a cada ano se reduza essa chaga que envergonha e machuca a humanidade em todo o mundo.
Nilmar Ruiz
Presidente Nacional do PR Mulher
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